quinta-feira, 7 de abril de 2011

sociologia



Identidade social é a posição da pessoa, em relação à posição dos demais dentro da sociedade. Ao escolher uma profissão, religião, estado civil, etc., o individuo está definindo a sua identidade social.
Valores diferentes são atribuídos a significações diferentes. Um grau se atribui à significação “médico” e um outro à significação “barbeiro”. Assim, a identidade social é a posição que cada uma destas pessoas possui na sociedade.
Não é que um seja mais importante do que o outro. Cada um- o médico e o barbeiro- ocupam um espaço diferente. Mas, a identidade social está relacionada com a atribuição de valores.
E quais são as medidas para se atribuir estes valores?
Uma destas medidas é a riqueza, que é o acúmulo de bens materiais, dinheiro, etc. Exemplo: Se alguém tem mais dinheiro, tem mais valor social. É claro que para toda regra, tem exceção.
Uma outra medida é o poder ou seja a possibilidade maior ou menor de dar ordem em nome do Estado. Exemplo: O Governador tem mais poder do que o Vereador para dar ordem no Estado.
Uma outra medida é a capacidade ou seja a possibilidade de alguém ser mais eficiente do que o outro, na mesma profissão. Exemplo: Um médico cardiologista pode ser mais eficiente do que o outro.
Assim, a identidade social pode ser ATRIBUIDA e ADQUIRIDA.
É atribuída, quando não se pode fugir dela. Exemplo: A identidade social do homem branco que não pode se tornar preto ou do preto que não pode se fazer branco. Outro exemplo: O Príncipe que é príncipe, porque o pai é Rei.
É adquirida quando é conseguida pelo esforço próprio, com vontade, inteligência e talento. Exemplo: O cidadão que começou como varredor do Banco e depois se tornou Gerente do Banco.
Enfim, há muitos outros aspectos que podem ser vistos dentro do tema IDENTIDADE SOCIAL.

A identidade social é caracterizada essencialmente pela forma como nós próprios nos vemos, ou seja é um sentido do “eu”, conjugada com a forma como os outros nos vêem.
Quando nos autocaracterizamos estamos ancorados num determinado modelo com o qual nos identificamos, quer isto dizer que a identidade social requer um certo grau de escolha, ao mesmo tempo em que exige um nível de consciencialização.
Estudos da década de 60 e 70 revelavam que a identidade estaria ligada a estruturas tradicionais de classe, não era algo de individual mas sim coletivo, intimamente ligada ao fato de um individuo pertencer a uma determinada classe social e em que todos os indivíduos pertencentes a essa classe teriam a mesma identidade, esta era imutável, circunscrita e permanecia no tempo com alguma solidez, tornando o assim o individuo dependente da estrutura social e não das sua próprias escolhas.
Para refutar estes paradigmas surgem os estudos sociológicos pós-modernistas e pós-estrutualistas que defendem uma identidade individual assente numa dinâmica social influenciada pelas relações sociais entre os indivíduos que compõem essa mesma sociedade. A identidade social é vista agora como algo que se constrói individualmente, algo que é dinâmico e pouco estável.
Segundo estes estudos contemporâneos o individuo possui várias fontes identitárias, identidade de gênero, nacional, etária, étnica, profissional e entre outras.
A influência que a classe social, a religião ou a política tinha sobre o individuo deixa assim de fazer sentido, passando este a definir a sua própria identidade, de acordo com as suas escolhas e as suas experiências individuais, independentemente da estrutura social em que está inserido.
São as relações face-a-face que determinam o processo identitário, a socialização primária e secundária tornam-se assim bastante importantes, pois os indivíduos necessitam uns dos outros para formarem a sua própria identidade. De acordo com Richard Jenkins (1996) as identidades não são inatas, não nascem conosco, precisam ser construídas e esta construção passa pela interação com o outro, pois só a interação social permite viver em sociedade.
Vivemos hoje numa sociedade altamente globalizada em que tudo é muito dinâmico, instável e flexível, quer a nível profissional, econômico ou político, como tal às identidades tornam-se também instáveis e susceptíveis às escolhas que cada individuo efetua. Ao mesmo tempo em que surgem as mudanças sociais, a alteração de valores e padrões que regem uma sociedade, assim também os indivíduos têm poder para moldar a sua própria identidade.

Bibliografia: Sábado, 26 Dezembro 2009 20:02 Escrito por Tatiana Cardoso
http://www.sociologiaemfoco.com/index.php/blog/124-o-processo-de-construcao-da-identidade-social

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